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O Fantástico Mundo da Internet das Coisas

Sergio Wanderley

Atualizado: 29 de out. de 2020

Novas tecnologias trazem novos desafios em uma série de áreas, como privacidade e segurança.


No final do próximo ano, segundo a Cisco, 50 bilhões de dispositivos vão estar conectados à Internet. A minoria deste número serão de computadores de mesa e notebooks. Os dispositivos móveis (como celulares, por exemplo) ainda representarão uma fatia enorme. Mas é uma parcela crescente deste número no qual gostaria de falar sobbre: os dispositivos de IoT ou Internet das Coisas. Se no post passado eu comentei que os nossos smartphones ameaçam nos transformar em zumbis, agora o perigo é um pouco mais sério: sermos extintos da face da Terra.


Mas o que é Internet das Coisas?

Imagine um eletrodoméstico na sua casa. Pode ser um fogão, uma geladeira, um microondas. Já pensou se quando você chegasse perto destes equipamentos eles te cumprimentassem e perguntassem o que você quer que eles façam? Imaginou? Bem, isto é Internet das Coisas. 


Mas o que isto tem a ver com Internet?


Tudo. Boa parte da memória e da inteligência destes dispositivos está na nuvem. A nuvem não é o elefante e o carneirinho que você vê quando hora para o céu. Pense na nuvem como computadores poderosos e com grande capacidade de armazenar informação conectados à internet. 


E qual é o problema?

Você deve estar pensando em como tudo isto é fantástico. E você está certo, é incrível que o seu fogão possa perguntar para a sua geladeira se tem bife para o almoço hoje. Boa parte dos créditos vão para os avanços no uso da inteligência artificial (IA). Esta tecnologia é a que faz o fogão perguntar a geladeira e não a TV pelo bife.


Alguns especialistas acreditam que esta teia formada pela Internet, a capacidade dos dispositivos de se comunicarem entre si e a IA pode acabar criando uma consciência coletiva entre os dispositivos, com alguns efeitos colaterais indesejados.

Imagem de uma cozinha moderna
Imagine no futuro poder bater um bom papo com a sua geladeira.

Primeiramente, os dispositivos podem querer alimentar o nosso vício consumista, levando-o ao extremo. A sua geladeira, através da sua integração com o Google Calendar, pode encomendar dúzias daquele queijo caríssimo importado da Birmânia, além de quilos e quilos de caviar e Kobe Beef para um jantar a dois. Isso provavelmente lhe deixaria completamente desesperado e imerso em dívidas, só lhe restando a opção de fugir para as colinas e viver em meio a natureza. Você muito provavelmente morreria em poucos dias se fizesse isso.


Segundo, os dispositivos podem tentar nos enlouquecer com um número absurdo de notificações durante o dia. O seu microondas pode apitar centenas de vezes de forma completamente aleatória para mostrar a você as ofertas do dia em dezenas de supermercados. O fogão pode te notificar das últimas dezenas de receitas que aprendeu na sua última atualização. A TV pode mostrar dezenas de opções de pacotes caríssimos para suas próximas férias no Caribe. A máquina de lavar roupa pode te notificar dos últimos lançamentos de meias e cuecas made in Índia.


Finalmente, caso você tenha sobrevivido, todos os dispositivos da sua casa vão se unir para te matar. Isso mesmo, você será assassinado por tecnologia de ponta. O plano é simples. O sistema de segurança irá travar as portas e as janelas e na cozinha o seu forno irá abrir a válvula de gás durante a madrugada e após alguns minutos disparar a fagulha.


Mas este post não é para você ficar apavorado. De forma alguma. Até porque será inevitável você deixar de comprar aquele microondas de última geração, com tela grande e que fala com você. Não dá para viver sem um, não é mesmo?

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